DICAS INFORMÁTICA PC-DF 2019 | Fabiano Abreu

Hoje iremos falar sobre o tema que vem crescendo cada vez mais nos editais. Redes de computadores e redes de comunicação.

Nossas dicas serão baseadas nos itens de informática do edital, conforme grade a seguir:

1 Conceito de internet e intranet.

2 Conceitos e modos de utilização de tecnologias, ferramentas, aplicativos e procedimentos associados a internet/intranet.

2.1 Ferramentas e aplicativos comerciais de navegação, de correio eletrônico, de grupos de discussão, de busca, de pesquisa e de redes sociais.

2.2 Noções de sistema operacional (ambiente Windows).

2.3 Acesso à distância a computadores, transferência de informação e arquivos, aplicativos de áudio, vídeo e multimídia.

2.4 Edição de textos, planilhas e apresentações (ambientes Microsoft Office).

3 Redes de computadores.

4 Conceitos de proteção e segurança.

4.1 Noções de vírus, worms e pragas virtuais.

4.2 Aplicativos para segurança (antivírus, firewall, antispyware etc.).

5 Redes de comunicação.

5.1 Introdução a redes (computação/telecomunicações).

5.2 Noções básicas de transmissão de dados.

5.2.1 Tipos de enlace, códigos, modos e meios de transmissão.

6 Metadados de arquivos.

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Introdução a redes (computação/telecomunicações)

Rede de Computadores consiste na conexão física e lógica entre dois ou mais equipamentos de forma a compartilhar seus recursos e informações.

 “Dois computadores estão interconectados quando podem trocar informações. A conexão não precisa ser feita por um fio de cobre; também podem ser usadas fibras ópticas, micro-ondas, ondas de infravermelho e satélite de comunicações.” TANENBAUM, 2011.

A imagem abaixo representa dois computadores de mesa e uma impressora conectados fisicamente entre si via cabo de rede e um roteador.

Conforme conceito apresentado, para considerarmos que se trata de uma rede, há necessidade de uma configuração de lógica. Mas fiquem tranquilos que esse assunto será muito bem detalhado daqui pra frente.

Segundo Kurose, 2013, o termo Redes de “Computadores” já soa um tanto desatualizado, face ao grande número de equipamentos não tradicionais que estão conectados pelo mundo, o que chamamos de “Internet das Coisas”.

Entre os vários “sistemas finais” conectados, podemos citar os celulares, veículos, webcam, porta-retratos digitais, sistemas de segurança, eletrodomésticos e Smart TVs. Estes dispositivos são conectados entre si por enlaces (links) de comunicação e comutadores (switches) de pacotes.

O que é um nó?

O termo nó (ou nodo) pode ser atribuído para definir um ponto de interconexão da rede como um hub, switch, roteador, estação de trabalho ou mesmo um servidor. Para que se estabeleça uma conexão lógica, é necessário que exista algumas regras de comunicação que, no caso da informática, são conhecidas como protocolos.

Classificação das redes de computadores por tamanho (área de cobertura)

As redes de computadores recebem várias classificações quanto ao seu tamanho/alcance. Vamos estudar as quatro categorias que normalmente são cobradas em concursos. São elas:

PAN – LAN – MAN – WAN

PAN (Personal Area Network)

Redes de área pessoal, possuem área bastante reduzida e usam tecnologias de rede sem fios.

LAN (Local Area Network)

Redes locais que abrangem extensão geográfica limitada como uma residência, escola, empresa, prédio ou campus de uma faculdade.

MAN (Metropolitan Area Network)

Rede metropolitana com extensões que podem abranger uma cidade

WAN (Wide Area Netwok)

Rede geograficamente distribuída, com abrangência de um país ou continente.

Dica importante!

Quando a letra W for inserida antes das siglas correspondentes a área de alcance das redes, dessa forma: WPAN – WLAN – WMAN – WWAN), redundará no mesmo conceito já definido, porém, alusivo às redes sem fio. No caso, o “W” representa o termo “wireless”.

Hora de treinar!

01- CESPE 2018 | POLÍCIA FEDERAL | AGENTE DE POLÍCIA FEDERAL

Julgue o item subsequente, relativo a redes de computadores.

As redes de computadores podem ser classificadas, pela sua abrangência, em LAN (local area network), MAN (metropolitan area network), e WAN (wide area network).

( ) Certo ( ) Errado

 02. IESES 2017| CEGÁS – Analista de Gestão – Administrador

As redes de comunicação de dados de maior abrangência, que cobre uma região geográfica relativamente extensa, como um país ou até mesmo um continente e que, uma empresa deve contratar um provedor de serviço para utilizar os serviços de rede dessa operadora, são denominadas de: 

  • a) Wide Area Network.
  • b) Personal Area Network.
  • c) Local Area Network.
  • d) Metropolitan Area Network.

03. FCC 2017 | DPE-RS | Técnico Segurança

Considere uma rede de computadores instalada e em funcionamento que é caracterizada pelo seu alcance local, por se tratar de uma rede interna de curto alcance. De acordo com sua extensão geográfica, essa rede é classificada como

  • a) Metropolitan Area Network − MAN.
  • b) Local Area Network − LAN.
  • c) Wide Area Network − WAN.
  • d) Storage Area Network − SAN.
  • e) Popular Area Network − PAN.

Perceba que os conceitos sobre classificação das redes de computadores por tamanho (área de cobertura) sempre aparecem nas provas, e em diversas bancas, então, vale a pena revisar para não errar algo tão simples.

Para que você comece a se habituar com os novos termos da disciplina de redes (que são bem peculiares), recomenda-se que anote algumas palavras que soarem diferentes para você e as revise. Isso contribuirá muito na compreensão dos próximos capítulos e lhe garantirá uma excelente nota na prova. Gabarito: 1C 2A 3 B

PROTOCOLOS DE REDE

Protocolos de rede, no contexto da sua aplicação final, podem ser definidos como um conjunto de regras que determinam a comunicação entre dois ou mais computadores. Enfatizamos a aplicação final pois existem alguns conceitos sobre modelos de referência e protocolos que precisamos aprofundar, e isso será falado logo à frente, mas para situarmos no campo da comunicação em redes, podemos dizer que, de forma análoga à comunicação humana, o protocolo seria o idioma e regras de conduta na comunicação que temos uns com os outros.

Se todos em um ambiente falamos português fluente, ouvimos bem e temos boas práticas de convívio humano, podemos nos comunicar perfeitamente, ou seja, falar, ouvir e ser ouvido.

Segundo KUROSE; ROSS, 2013, “É preciso que duas (ou mais) entidades comunicantes executem o mesmo protocolo para que uma tarefa seja realizada.” Dessa forma, para que se estabeleça a “conversa” entre as máquinas, existe também a conexão lógica, que é realizada com auxílio dos protocolos.

Os primeiros protocolos foram desenvolvidos pela IBM, para solucionar problemas de rede e melhorar a qualidade na comunicação. A partir de então, vários protocolos foram desenvolvidos para atender novas demandas.

Quando foram criadas as redes de rádio e satélite, começaram a surgir problemas com os protocolos existentes, o que forçou a criação de uma nova arquitetura de referência. Desse modo, a habilidade para conectar várias redes de maneira uniforme foi um dos principais objetivos de projeto, desde o início. Mais tarde, essa arquitetura ficou conhecida como Modelo de Referência TCP/IP, graças a seus dois principais protocolos. Esse modelo foi definido pela primeira vez em (Cerf e Kahn, 1974). TANENBAUM, 2011.

Arquitetura TCP/IP

Segundo TANENBAUM, 2013, os elementos que formam a base da Internet são o modelo de referência TCP/IP e a pilha de protocolos TCP/IP.

Percebam que temos duas definições para um assunto muitos acreditam ser um só. Então vamos dividir cada um deles.

De um lado temos o “modelo de referência” e do outro a ‘pilha de protocolos’.  A associação dos dois termos resulta em arquitetura de rede, ou seja:

Modelo de referência versus pilha de protocolos.

Modelo de referência

Trata-se de uma tabela que define de forma muito precisa cada etapa do processo de comunicação de dados, desde a origem a até seu destino.

De forma análoga a uma empresa, o modelo de referência seria formado pelos setores (salas), onde cada seção realiza a parte que lhe cabe no processo e passa o “pacote” para a próxima, devidamente embalado e etiquetado.

Para melhorar ainda mais a compreensão e visualização desse assunto, imagine que cada seção está em um andar do prédio. Outro detalhe, comece a tratar esses andares como camadas.

Sem exageros, você vai perceber que na prática funciona exatamente assim, então, já anote essa definição que ela certamente lhe será muito útil na análise das proposições da prova.

A seguir, temos o exemplo de um modelo bastante conhecido, o modelo OSI.

Conforme visto na imagem acima, esses modelos são divididos em camadas. Tradicionalmente, temos que:

  • O modelo OSI possui (SETE) camadas e;
  • O modelo TCP/IP possui (QUATRO).

Tudo bem, já sei o que você está “matutando” aí na sua cabeça, e deve ser algo mais ou menos assim: – Professor! Já li vários artigos que falam em cinco camadas, qual está certo? Como lidar com isso na hora da prova?

Para lhe dar essa resposta preciso que fique só mais um pouquinho nessa parte do material, para que possamos juntar as informações necessárias e formar nossa convicção.

Pilha de protocolos

Vamos retomar o conceito de “seção” que ficará ainda mais fácil compreender. Conforme falamos, cada setor tem seu papel muito bem definido, mas quem dentro de cada setor realiza as tarefas? Isso mesmo que você pensou, os protocolos. Eles seriam os funcionários do setor.

Segundo TANENBAUM, 2011, os protocolos utilizados em uma camada são de responsabilidade dessa camada. Ela pode usar os protocolos que quiser, desde que eles viabilizem a realização do trabalho (ou seja, forneçam os serviços oferecidos).

Conforme mencionamos, é comum a confusão entre modelo de referência e pilha de protocolos, pois os dois andam juntos, é quase que uma dualidade formada por “setor e funcionário” conforme analogia que criamos, mas eles precisam ser vistos separados para entendermos, sobretudo, as diferenças entre os modelos OSI e TCP/IP, que as provas cobram bastante.

Modelo de referência OSI (Open Systems Interconnection)

Agora que já sabemos o que é um modelo de referência, vamos associar o conceito que estabelecemos no capítulo anterior com esse modelo de sete camadas.

O modelo de referência OSI, em Português, Interconexão de Sistemas Abertos, foi baseado em uma proposta da ISO (International Standards Organization). Por isso alguns editais trazem o termo ISO/OSI em seu programa. Muita atenção nas siglas pois são dois termos totalmente diferentes e muitos alunos já se confundiram. O tema central da matéria é o modelo OSI.

ISO é uma organização internacional que visa criar padrões de funcionamento de produtos e serviços, também conhecido como normalização.

Para torna ainda mais clara a função do sistema de camadas, veja o resumo dos princípios aplicados para se chegar às sete camadas do modelo OSI.

  1. Uma camada deve ser criada onde houver necessidade de outro grau de abstração. 2. Cada camada deve executar uma função bem definida. 3. A função de cada camada deve ser escolhida tendo em vista a definição de protocolos padronizados internacionalmente. 4. Os limites de camadas devem ser es colhidos para minimizar o fluxo de informações pelas interfaces. 5. O número de camadas deve ser grande o bastante para que funções distintas não precisem ser desnecessariamente colocadas na mesma camada e pequeno o suficiente para que a arquitetura não se torne difícil de controlar. TANENBAUM, 2011.

Agora que já conseguimos entender que modelo de referência é diferente de pilha de protocolos, e que a soma desses dois fatores gera uma arquitetura de rede, vamos ver como fica na prática:

  • O modelo de referência OSI se tornou o mais utilizado para explicar o funcionamento das camadas;
  • A pilha de protocolos TCP/IP se tornou padrão na Internet.

Mas como implementar essa mistura?

Como os modelos de referência OSI e TCP/IP carregam o mesmo conceito de pilha de protocolos independentes, a implementação ocorreu com a adaptação, digamos, do melhor dos dois mundos. Uma arquitetura de redes híbrida composta por cinco camadas do modelo OSI associada à pilha de protocolos TCP/IP.

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Fabiano Abreu

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Fabiano Abreu

Professor de informática para concursos, funcionário público, graduado em análise e desenvolvimento de sistemas.

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